Onda de livros que contam histórias de famílias é tendência impulsionada pelas novas tecnologias e facilidade de publicação
É notável o aumento da publicação de livros de família e o assunto foi pauta da Revista Veja de 19 de janeiro de 2025, que cita a obra Memórias de um tempo não vivido, de Eliana Rocha, publicada pela e-galáxia.
Eliana, atriz de teatro que se popularizou em papel do seriado da Rede Globo “Pé na Cova”, queria contar essa história para que seus netos pudessem conhecer a bisavó. Na verdade, a história já estava sendo imaginada desde 1976, quando sua filha nasceu e Eliana leu de novo, daquela vez com atenção, um certo livrinho de capa verde que sua mãe lhe dera quando ainda era bebê. Pode compreender tudo o que sua mãe tinha passado quando fora obrigada a se separar da filha e do marido. O livrinho continha trechos de cartas trocadas com o marido quando ela esteve internada num sanatório para tratamento de tuberculose em Campos do Jordão. Sua mãe morreria em 1979.

A ideia inicial era fazer uma pequena tiragem para a família. Mas o e-book lhe pareceu uma boa solução, tanto para a família como para um leitor desconhecido. A aceitação do romance Memórias de um tempo não vivido fora do círculo familiar foi uma agradável surpresa. Foram mais de 9 mil livros baixados e ótima avaliação nos sites de compra.
O interesse talvez se deva à comovente história de amor de um casal que foi obrigado a se separar menos de três anos depois do casamento. Uma história de tristezas, sofrimentos e saudades, mas também de muito carinho, apoio e cumplicidade.
Ainda segundo a matéria, o movimento ganhou impulso com o aumento de opções para a publicação e as novas tecnologias que facilitaram a restauração das antigas fotos de família.
O processo de organizar os vaivéns de pessoas da família, coletar depoimentos e agregar informações funciona também como uma terapia familiar, envolvendo alegrias, como também dores diante das lembranças e revelações da intimidade familiar. Por esse motivo, há os que preferem fazer uma tiragem limitada, somente para a família, enquanto outros optam por abrir para o público. De qualquer modo, a qualidade é sempre buscada para a confecção do livro de memórias familiares.
Outro título na mesma linha que merece destaque é Memória escrita, de Zofia Davidowicz. Sobrevivente do Holocausto, a autora revela suas lembranças desde a infância durante a Segunda Guerra Mundial, quando foi dada aos cuidados de uma humilde família católica em troca de muito dinheiro para escapar à perseguição nazista. Os desafios que se sucederam em um orfanato católico, e depois, da difícil adaptação a novos países após o Holocausto são contados no livro. Spoiler: esta é uma história com final feliz no Brasil, onde a família se estabeleceu e fez a vida na indústria de confecção.
O livro partiu do diário da autora, que passou por sessões de fala-escuta com uma ghostwriter.
A mesma profissional acessou os depoimentos que Luba Sztyft, mãe de Zofia, dera ao Instituto de História Visual e Educação da Fundação Shoah, nos Estados Unidos e ajudou Zofia a selecionar as fotos contidas no livro.
Além de contar sua trajetória pessoal, o livro também aborda sua vida profissional, como estilista. Ela foi referência no mercado da moda brasileira na década de 1980, com marcas como Lucienne Phillip. Seu filho Roberto e sua nora Raquel criaram a grife de roupas UMA, onde também colabora sua neta, Vanessa.
Se você também quer fazer um livro de família, saiba que na e-galáxia você tem o suporte para produzi-lo do começo ao fim. Aqui, você encontra todos os profissionais que seu projeto precisa, além de soluções em livro em acabamento capa-dura, capa comum ou e-book. E você escolhe se a história vai ficar entre a família, ou se vai se espalhar pelo mundo 😉
Foto de destaque: acervo pessoal @Zofia Davidowicz
Foto Luz Divina divulgação @Globo/João Miguel Júnior