Pra quem pensou em chamar de Naufragmentos seu primeiro livro de poemas, nada mais justo que tal título, à guisa de repetição sem fim do único livro que sempre damos a público. Público também permaneceu o desastre, aí, na fuça de todos, e engolfando todo mundo. “Tempo ainda de fezes, maus poemas”, diz o poeta maior drummondo, tempo de poemastros.
Sonetos em prosa & poemicos
R$9,90Sonetos em prosa, que abre o volume, reage por assim dizer à impressão visual que tivemos, jovem ainda, ao deparar os sonetos shakespearianos. E quando digo impressão visual, não faço figura, é isto mesmo, impressão retida em retina, os catorze versos de negro no deserto da página luzindo, com seu dístico final entrado – e saindo da combalida caravana, à moda de beduínos se desgarrando sabe Alá por obra de qual miragem. Que diabos tem que ver com essa alegoria desengonçada o bardo inglês, não me perguntem. Que diabos também tinha eu de soletrá-lo com meu inglês vigário?! O que se pode perguntar, é o que sempre me pergunto, por que publicar “poesias” quem não é poeta? Quem nunca…
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