Autor(a)

Airton Paschoa

Nascido em 29/6/1958, é mestre em Literatura Brasileira (FFLCH/USP), conta publicações em órgãos de circulação nacional, como Folha de S. Paulo, Estadão, Novos Estudos Cebrap, Revista USP, Cult, Cinemais, Rebeca (Socine), Piauí, e desde 1999 vem lançando livros pela Nankin e pela e-galáxia.

Livros do(a) Autor(a)

A vida dos pinguins

R$9,90

Estes pinguins de Airton Paschoa parecem aves, bichos, mas são humanos – especialmente humanos, fundamentalmente humanos, que é o que de fato interessa – aparentemente provenientes dos cronópios e famas de Júlio Cortázar e dos bichos-humanos subterrâneos nascidos de Kafka, mas talvez de outras origens, que falam de uma humanidade nos limites do quase nada, mas falam de si e de nós todos. Trata-se de uma fala de mínimos limites, de mínimos argumentos ou constatações, um mundo semifalante, como se a palavra…

Azul vão

R$36,90

Em mais uma série de poemas em prosa, o poeta ou poemista em prosa (prefere o autor) interroga o céu em busca de resposta para o desamparo nosso em face da tragicomédia cósmica, como já o fizeram outros tantos ancestrais. Altos, distantes, frios, se espelham, alheios à sorte humana, o vão do céu e o vão do azul.

Banho-maria

R$9,90

Nas águas de Ver navios (2007), este livro acolhe a mesma diversidade de formas breves. Os escritos (ao autor repugna a palavra “textos”) vão desde contos e crônicas, passando por poemas piadas ou poemas em prosa, até poemas tout court, sem prosa. O diálogo com Ver navios não é apenas genérico. Assim, “Fantasia coral” replica “A truta” schubertiana do outro livro…

O que talvez não se reproduz inteiramente é o estado de espírito do eu lírico-narrativo. À semelhança do primo mais velho…

Cinema & literatura

R$78,90

O livro, confessa o autor, acolhe tentativas, tentações e atentados de crítica literária e cinematográfica. Ou, como diz Iná Camargo Costa: “É possível começar a ler este livro levando em conta que ele está organizado – porque são textos coligidos – de modo a configurar um grande arco capaz de ligar desde análises exaustivas de filmes de Woody Allen, Robert Altman, Joaquim Pedro de Andrade e Sergio Bianchi (entre outros) até uma diatribe envolvendo concurso literário e censura praticada pela nossa imprensa local”.

Citações

R$38,90

Em segunda edição (revista e diminuída), e em gradiente de tons vário, do revoltado ao melancólico, passando pelo bem-humorado e pelo conformado, o livro, descrente do papel da literatura, dá voz à condição do poeta, solitária, condensada no achado da conhecida fórmula liminar das citações jurídicas que abre as intimações poéticas: “Faço saber, a quem interessar possa…”

Contos tortos

R$39,90

Em segunda edição, revista e modificada, seguida de Apêndice (“As margens plácidas & O brado retumbante”), Contos tortos, datando de 1999, foi livro de estreia do autor. E a “tortidão” em tudo que faz, como se tem visto, e aqui em se tratando de contos, atesta uma casta de marca de nascença.

Dárlin

R$9,90

Pequeno-burguês quarentão, paulistano, metido a intelectual e esquerdista, topa garota de programa meio misteriosa que o arrebata e conduz ao inferno e inferninhos da megalópole.

Vazada em primeira pessoa, Dárlin, de Airton Paschoa, é narrativa que implode as convenções da prosa, criando dos estilhaços e rastilhos uma linguagem vertiginosa, a um tempo poética e patética, oswaldianamente carregada de amor e humor. A ligá-los, e eletrizá-los, não falta o conhecido e oculto condutor humano: a dor.

Desencontos

R$34,90

O livro traz contos que nada contam, insinua o título, senão a impossibilidade de contar, integralmente, autenticamente; contos mais esboçados que desenvolvidos; contos que desencontam e desencantam, à feição sombria da sociedade que os deu à luz, brotados mas embotados.

Levante

R$14,90

O poemista em prosa, em tom menor, como sempre, subterrâneo, prossegue promovendo suas pequenas e irrelevantes revoltas. O título do livro, capcioso, anota Maria Rita Kehl, pode induzir a engano. Antes de levante, se poderia aventar capoeirice: “Airton não usa trabuco, mas é bom de navalha. Daquelastão afiadas que o leitor nem sabe de onde veio o golpe: vai ver, já está sangrando”.

Peso de papel

R$35,90

O livro, ao longo dos poemas em prosa, como os chama o autor, joga com o duplo sentido do título e da peça homônima, ao se alvoroçar com o papel que cumpre a literatura em sociedade dirigida pelo capital, tentando encontrar algum peso para o ofício que desempenha em meio à ventarola de novidades que alimenta o mundo do mercado.

Poemastros

R$37,90

Pra quem pensou em chamar de Naufragmentos seu primeiro livro de poemas, nada mais justo que tal título, à guisa de repetição sem fim do único livro que sempre damos a público. Público também permaneceu o desastre, aí, na fuça de todos, e engolfando todo mundo. “Tempo ainda de fezes, maus poemas”, diz o poeta maior drummondo, tempo de poemastros.

Poemitos

R$33,90

“Nos poemas aqui reunidos, o autor expõe o ritual de uma elaborada desconstrução do cotidiano, do lugar-comum, da melancolia, das ideologias em espiral, dos pesadelos da subjetividade, da loucura encenada, com a gana de/ ir justo até o fim/ o fundo de tudo,/ do poço, do fosso,/ do copo, do corpo.”

Excerto de Reynaldo Damazio, em orelha da edição impressa (2013).

Poetrastes

R$37,90

O livro discorre muito sobre o país em que vive o autor, sobremodo nesta última quadra, neofascista, a qual o devastou de ponta a ponta, país e poeta. Imerso na barbárie, desacorçoado, emerge de corpo e alma, como que tentando se livrar do traste em cujo depósito nasceu, sobrevive e deve empacotar.

Polir Chinelo

R$38,90

A nova safra de poemas em prosa abriga porção razoável de poemas amorosos, com os quais, visivelmente, se deita e deleita o autor. Mas nem só de Eros vive o poemista em prosa, assegura Iná Camargo Costa: “O leitor que também se dispuser a polir este chinelo sem medo dos acidentes, vai tropeçar numa miniepopeia destes tempos desgovernados e destemperados, sempre resistindo à…

Recitações

R$36,90

Prosseguindo as Citações, e irônico desde o título, pelo declamatório que implica a público ausente, o livro troça com travo, ora amargo, ora picante, da condição solitária do escritor. Não chamando a atenção pública as manobras por vezes circenses, só resta ao poeta reafirmar sua condição de pária no achado literário da cediça fórmula liminar das citações jurídicas — “Faço saber a quantos interessar possa…” ciente que não interessarão a ninguém as intimações poéticas de quem perdeu a autoridade.

Sonetos em prosa & poemicos

R$9,90

Sonetos em prosa, que abre o volume, reage por assim dizer à impressão visual que tivemos, jovem ainda, ao deparar os sonetos shakespearianos. E quando digo impressão visual, não faço figura, é isto mesmo, impressão retida em retina, os catorze versos de negro no deserto da página luzindo, com seu dístico final entrado – e saindo da combalida caravana, à moda de beduínos se desgarrando sabe Alá por obra de qual miragem. Que diabos tem que ver com essa alegoria desengonçada o bardo inglês, não me perguntem. Que diabos também tinha eu de soletrá-lo com meu inglês vigário?! O que se pode perguntar, é o que sempre me pergunto, por que publicar “poesias” quem não é poeta? Quem nunca…