Um professor universitário, ao se aposentar, faz uma revisão de suas ideias, tentando superar a confusão; de sua vida profissional, tentando superar a sensação de fracasso; e de sua vida amorosa, tentando superar a decepção. Júlio Castelo Furtado é provocador, agressivo, politicamente incorreto, mas contundente em seu humor ácido. Ao refazer o seu caminho, sentado na “Quincas Borba”, acha que sempre agiu e foi tratado como um “idiota”, mas inventa um “bom sentido” para legitimar a sua idiotia. É a história de um amor interrompido na origem, que se conclui com o reencontro dos amantes na velhice, quando, após diálogos francos e sensíveis, finalmente, conseguem se separar. Mas será mesmo que conseguem?
Sonetos em prosa & poemicos
R$9,90Sonetos em prosa, que abre o volume, reage por assim dizer à impressão visual que tivemos, jovem ainda, ao deparar os sonetos shakespearianos. E quando digo impressão visual, não faço figura, é isto mesmo, impressão retida em retina, os catorze versos de negro no deserto da página luzindo, com seu dístico final entrado – e saindo da combalida caravana, à moda de beduínos se desgarrando sabe Alá por obra de qual miragem. Que diabos tem que ver com essa alegoria desengonçada o bardo inglês, não me perguntem. Que diabos também tinha eu de soletrá-lo com meu inglês vigário?! O que se pode perguntar, é o que sempre me pergunto, por que publicar “poesias” quem não é poeta? Quem nunca…
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