Um professor universitário, ao se aposentar, faz uma revisão de suas ideias, tentando superar a confusão; de sua vida profissional, tentando superar a sensação de fracasso; e de sua vida amorosa, tentando superar a decepção. Júlio Castelo Furtado é provocador, agressivo, politicamente incorreto, mas contundente em seu humor ácido. Ao refazer o seu caminho, sentado na “Quincas Borba”, acha que sempre agiu e foi tratado como um “idiota”, mas inventa um “bom sentido” para legitimar a sua idiotia. É a história de um amor interrompido na origem, que se conclui com o reencontro dos amantes na velhice, quando, após diálogos francos e sensíveis, finalmente, conseguem se separar. Mas será mesmo que conseguem?
O capricórnio se aproxima
R$11,90“Vender enciclopédias”, “trabalhar em banco”, “comer pudim de pão”, “fazer aula de violão” e, finalmente, “ser de capricórnio”. Códigos familiares para assuntos proibidos para as crianças. É percorrendo esse mapa congestionado da linguagem que o leitor vai compreendendo lentamente o enredo cheio de humor e melancolia de O capricórnio se aproxima, do carioca Flavio Cafeeiro.
Primeiro livro do Selo JOTA, que tem coordenação e curadoria de Noemi Jaffe. A ideia original desta coleção partiu do pioneiro e consagrado Oulipo, grupo de escritores entre os quais se incluíam Italo Calvino, Raymond Queneau e Georges Perec. Todos os livros do JOTA partem de um desafio, de restrições narrativas que, por paradoxal que pareça, atuam de maneira a incrementar o texto ficcional.
A linguagem como jogo e a arte como forma. Dois pressupostos que orientam este primeiro livro do JOTA e orientarão os próximos. Libertar a narrativa do lugar confortável da verossimilhança. Provocar no leitor certa desconfiança em relação aos caminhos prontos da linguagem que orientam suas vidas.
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