Flutuando no ar entre o passado e o presente, presa num sopro entre a vida e a morte, a autora faz uma dança através do tempo num ir e vir rumo à redenção.
Na contramão da velocidade e do excesso, a pausa, a simplicidade, a respiração.
Mais um livro clichê de paciente de câncer.
Meu nome é Cleverson (Clé, para os mais chegados), diagnostiquei o câncer aos 46 anos, em outubro de 2018. Não sei quando você está lendo isso, mas posso garantir que quando escrevi eu ainda estava vivo (dã).
Um texto cheio de ironias, “piadas”, sarcasmos e outras ferramentas que eu considero “divertidas”. Não é porque tenho um câncer que vou virar o Mestre das Sombras e viver soturnamente, não é?
Como disse Gilberto Dimenstein ao apresentar este livro, é absolutamente impossível não se emocionar com o relato de Maria Julia Miele sobre a perda de Sofia, sua filha. Vivenciando a solidão e a dor extrema, seu texto une relato jornalístico sobre o mundo das UTIs, com poesia e reflexões filosóficas. Maria Julia Miele mostra que fez da morte uma lição de vida.
Marília e todo o seu amor por Lourenço vão nos ensinando o caminho brutal da perda de um bebê real, o fim de um sonho por nove meses acalentado. Em uma sequência de sentimentos e confissões, ela nos coloca, como testemunhas silenciosas…
