contos

O Grande Arcano

R$11,90

Uma história de amor frustrada, e revivida por dois amantes num reencontro cheio de paixão, expiações, e tentativa de compreender o que não aconteceu, no desespero de mudar o destino. Será que eles conseguem?

O texto é apresentado na forma de diálogos convidando o leitor a mergulhar na experiência dos personagens.

O Grande Arcano é inspirado na sequência das cartas do Tarô que descrevem a trajetória humana pela cronologia dos arcanos, os símbolos que marcam cada momento da vida.

O livro dos sentimentos

R$9,90

Ter que falar sobre poesia é uma missão inglória, a graça da coisa é escrever poesia. Tentar explicar a poesia é dedicar-se ao fracasso. A poesia é como os sentimentos, falamos muito sobre eles mas nunca os esgotaremos em explicações.

Escrever um texto para convencer alguém a ler um livro de poesias é, na mesma medida, estranho e improfícuo. A poesia deve ser chamada pelo coração. Se você ouve o chamado de uma voz da sua infância ou de um amor suspenso ou de um dia inconcluso; sinta a poesia.

Orelhas

R$14,90

São 39 textos de orelhas de livros inexistentes. Ou inexistentes por enquanto. Talvez livros que estejam sendo escritos em algum lugar do mundo enquanto sua orelha foi pensada. Livros que nunca existiram e jamais existirão. Livros em línguas estrangeiras, em línguas mortas, inventadas. Exemplar único numa biblioteca bombardeada em Aleppo, molhado no fundo da carroça do morador de rua que percorre a cracolândia. Um manual. Um catálogo de uma exposição em uma galeria que já não existe mais. Um livro infantil que caiu atrás da cama e só será encontrado depois que a família se mudar. Enfim, livros imaginados.

Os viajantes & outras narrações breves

R$11,90

Neste livro em prosa, o poeta Ronald Polito insere com sofisticação reflexões filosóficas na trama delicada da ficção.

Dividido em quatro partes distintas entre si na temática, Polito em todas elas desafia os limites da linguagem e da verossimilhança. Viagens espaciais com referências borgianas; paródias de A metamorfose de Kafka; cenas circenses que esbarram no nonsense. Eis alguns dos destinos das viagens que o autor nos proporciona.

Um livro incomum no atual quadro da literatura contemporânea.

Passa pra dentro, menina!

R$14,90

Para começar, o título deste livro me pega pelo ouvido. É uma voz (imperiosa) que vem de longe, lá da infância. Passo pra dentro do livro e sigo o percurso poético/existencial de Olga Curado em busca de um encontro/reencontro consigo mesma, numa viagem de volta a um mundo de singelezas. Mas nem só de singelezas vive a poesia, muito menos este livro. A poeta se interroga, pergunta, apresenta os seus achados: (“a vida é paralela aos shopping centers”), sente vontade de comer melaço de rapadura em Goiás Velho, onde se pode (ou se podia) andar descalço, cumprimentar na esquina a menina que vendia banana ourinho, cantar na procissão de Nossa Senhora do Rosário… rezar um rosário! Na sua caminhada, passam os temas eternos, como o amor, a paixão, a liberdade, ou da atualidade, como a psicanálise, a aids e uma cosmopolita Babilônia revisitada chamada Central Park.

(trecho da apresentação, por Antônio Torres)

Por que os loucos escrevemos livros tão bons?

R$14,90

“Gostei muito da ideia desse engolidor de vogais… estupenda!”
José Castello

“Gostei muito de Por que os loucos pela originalidade, pelo seguro domínio da forma, pela superposição de realidade e ficção, e pela temática.”
Moacyr Scliar

Por que os loucos escrevemos livros tão bons reúne quinze contos começando por um exercício narrativo cuja forma se assemelha ao tema subjacente a todas as narrativas do livro: o duplo. “O engolidor de vogais”, o primeiro conto, leva ao extremo a demanda por inovação de uma literatura que se autodenomina pós-moderna, erigindo em torno do personagem um muro de isolamento e alienação, que só faz afastá-lo dos potenciais leitores. “Wall Street Journal” é o diário íntimo de um escritor que encontra na doença mental um alívio para sua recusa em escrever, vítima de um misterioso mal cuja semelhança com o Bartleby de Melville parece perturbá-lo. “A pedra”, “O autista literal” e “Writer´s block”, cada um a sua maneira, descrevem escritores em situações-limite com o fazer literário e as saídas, ou melhor, os impasses que encontraram para dar sentido ao inominável em suas obras. “Ks”, “O caso Borges”, “O inconsciente de Schmitz” e “Maupassant” ficcionalizam a biografia de escritores como Kafka e Svevo a fim de examinar as relações entre loucura e escrita literária.

Na verdade, desde a primeira narrativa, passando pelo conto que dá título ao livro, espelho da vida e da obra do dramaturgo Qorpo-Santo, até “Interimário”, recorte biográfico nada lisonjeiro sobre o Prêmio Nobel de Literatura Mario Vargas Llosa, o que mais chama atenção é o domínio da narrativa, cuja estrutura parece ter sido criada na medida certa para abarcar a superposição de realidade e ficção contidas nesses contos que se aproximam do absurdo da condição humana.

Respirando

R$8,90

“Quem tem um alien desenvolvido sofre e faz sofrer. Há relações entre os aliens de duas pessoas que se consomem mutuamente. É tristeza que transborda e machuca, um desperdício de tempo e vida.

Aliens são sabotadores da felicidade. Ao primeiro sinal de bem-estar, lá vêm eles apontando o que está errado, buscando a porta de saída, olhando o que falta, o que poderia ser diferente. Sim, aliens adoram o futuro do pretérito: poderia, deveria, seria, estaria, melhoraria, gostaria. Tudo iria, mas não vai, porque o alien vive da incompletude, da falta, da incerteza, da dúvida. Aliens se alimentam do ideal que não chega.

Aliens detestam dormir junto, pernas enroscadas debaixo do cobertor, Sessão da Tarde em dia frio, pipoca, vinho e bate-papo, música, viagens e todas essas coisas que aproximam as pessoas da essência do encontro. Aliens gostam de jogos, de manipulação, de bancar o detetive, de traição, de culpa, de expor as fraquezas do outro, de torná-lo menor, de virar as costas, de dubiedade, de confundir. Aliens adoram a escuridão, o que não é dito, profecias autorrealizadas. Aliens adoram a frase ‘Eu te disse!’.”

Safada

R$9,90

Polêmica, a autora homenageia Catherine Millet e Paulo Coelho numa ousada mistura de orgia e misticismo, sexo e magia. Sua prosa clara e engajada não falha em impactar o leitor para além do bem e do mal. Em tempos de moralismos exacerbados, esta obra é um manifesto pela liberdade, original e divertido, que nocauteia sem medo essas bandeiras empoeiradas.

Um homem burro morreu

R$14,90

“O escritor Rafael Sperling é sem noção, digo desde logo. Para você ter ideia, este Um homem burro morreu é seu segundo livro de contos. Isso mesmo, um livro de contos contemporâneo e brasileiro – onde já se viu? Todo mundo sabe que conto não vende, que quase ninguém lê conto nesse país e que são poucos os prêmios para contistas… Ainda assim, Sperling dá uma de criança travessa e vem com este livro. É mole? Não espere o realismo social, a autoficção e a exploração dos universos íntimos que predominam nas publicações atuais: além de sem noção, Sperling é abusado. Investe no experimentalismo e dialoga com as vanguardas dos anos 20 e 30. Em 27 narrativas breves, mistura sarcasmo com elementos grotescos e nonsense, embalados por uma linguagem coloquial que remete ao cinema, ao roteiro de TV, à publicidade, à dramaturgia, à musica e à poesia. Esse hibridismo de formas, por sinal, é marca de Sperling: o incauto leitor é conduzido por seu reino literário subterrâneo, onde há espaço de sobra para a ultra-violência, a sexualidade agressiva, o absurdo cotidiano e a aniquilação. Seja através de Caetano Veloso se preparando para atravessar uma rua do Leblon ou de histórias nada sutis contadas por uma babá, Rafael Sperling parte do normal, do ordinário para chegar ao seu bizarro universo simbólico, onde as ações despropositadas e aparentemente vazias de seus personagens ganham contornos de crítica social. A violência quase sempre está presente, provocando o leitor mais recatado. Rafael Sperling é um autor sem noção, abusado e provocativo. Por isso tudo, nesses tempos de mesmice, um autor necessário.” (Raphael Montes)