Escritora, editora, pesquisadora e crítica cultural vai ocupar a cadeira de Nélida Piñon
Em 20 de abril, a escritora Heloisa Buarque de Hollanda foi eleita para a Academia Brasileira de Letras (ABL). Vai ocupar a cadeira 30, que foi de Nélida Piñon, morta no final do ano passado. A escritora, editora e crítica cultural passa a ser a décima mulher eleita para a ABL.
“Esse atual projeto de abertura da Academia me fascina. E isso não é nem o começo. Tem que ter mulher, negro, índio. Porque são excelentes também. Isso é o Brasil, a democracia. Eu estou muito feliz de chegar nesse momento na Academia, com esse projeto de renovação, aos 84 anos.”
Heloisa Buarque de Hollanda nasceu em Ribeirão Preto (SP), em 26 de julho de 1939. Formou-se em Letras Clássicas pela PUC-Rio, com mestrado e doutorado em Literatura Brasileira na UFRJ e pós-doutorado em Sociologia da Cultura na Universidade de Columbia, Nova York. É diretora do Programa Avançado de Cultura Contemporânea (PACC-Letras/UFRJ), onde coordena o Laboratório de Tecnologias Sociais, do projeto Universidade das Quebradas, e o Fórum M, espaço aberto para o debate sobre a questão da mulher na universidade.
R$19,9026 poetas hoje, publicado em 1976 como resposta dos poetas jovens aos anos de chumbo, volta agora às prateleiras virtuais, exclusivamente em formato digital e definitivamente publicado. Vários dos poetas que despontavam com vigor durante a década de 1970 foram lançados aqui. Hoje são nomes consagrados da literatura brasileira moderna. De lá pra cá…
R$9,90 Este livro não nasceu do nada. Em 2010, criamos o espaço Zona Digital, uma experiência on-line, que pretende investigar as possibilidades narrativas abertas pelas novas tecnologias. Em seu conjunto, o site Zona Digital é um agregador de links, notícias, arte, experiências e artigos, tanto nacionais quanto internacionais, buscando ser uma fonte de referência bibliográfica sobre o tema. Este livro é uma primeira iniciativa de agrupar o conteúdo produzido no site Zona Digital e lançá-lo em novo formato e para novos públicos. A seleção priorizou os artigos sobre arte e tecnologia, cultura digital, novas narrativas, mídias sociais e as questões teóricas, estéticas e políticas que emergem neste momento. Com organização de Heloisa Buarque de Hollanda e Cristiane Costa, que também assinam artigos, ao lado de Rodrigo Savazoni, Beatriz Lagoa, entre outros.
R$42,90 Guiado pela memória, Italo Moriconi escreve a primeira biografia de Ana Cristina Cesar, que é também um painel daquela geração e de suas ideias em relação às quais Ana teve protagonismo. Um perfil no horizonte da crítica literária, uma biografia intelectual. Nada de fofocas sobre a vida trágica da escritora que se suicidou em 1983, aos 32 anos.
R$19,90 Este livro de cartas pode ser lido como uma espécie de autobiografia da poeta carioca Ana Cristina Cesar. Em uma das cartas, a própria Ana diz que “cartas e biografias são mais arrepiantes que a literatura”, e já sugeria a sua amiga Ana Candida a publicação futura da correspondência entre as duas. Embora sem contar com seu voto e com seu veto, esta coletânea vai ao encontro de seu desejo. O período coberto é o de 1976 a 1980, e revela Ana C. na sua intimidade, com algumas das melhores amigas que fez durante a vida. Esta edição ainda contém dois áudios raros: uma aula de Ana C. na PUC-RJ e uma entrevista para o programa de rádio Café com Letra. Organização: Heloisa Buarque de Hollanda e Armando Freitas Filho. Atenção: os arquivos de áudios estão disponíveis apenas para o aplicativo kobo em tablets e smartphones.
R$14,90 “Eu me prometi, várias vezes, por vários anos, fazer um livro de fôlego sobre Rachel [de Queiroz]. Analisar sua obra moderna, seu perfil feminista, sua paixão política, seu estilo único, sua firmeza no trato com a palavra. Mas nunca escrevi esse livro […].”Se o livro de fôlego nunca foi escrito, podemos saborear em “Rachel Rachel” os ensaios e fragmentos de Heloisa Buarque de Hollanda para a realização dessa grande obra que, paradoxalmente, se revela aqui por inteira.O livro inclui os seguintes textos: “A roupa de Raquel um estudo sem importância”; “Rachel de Queiroz, profissão jornalista”; “Como entender Rachel de Queiroz?”; “O ethos Rachel”. E ainda o belo texto escrito por Heloisa e Rachel a quatro mãos “Dona Fideralina de Lavras”.
R$14,90Oito longas entrevistas com o poeta Armando Freitas Filho cobrindo um período de 15 anos estão no centro deste livro. Nas margens: uma seleção de poemas organizada pelo próprio Armando e um perfil biográfico do poeta escrito por Francesca Angiolillo.Porta de entrada para o universo poético e íntimo de um dos nomes centrais da poesia moderna brasileira. Labirinto da mente e do coração do artista.Prevendo a tentação de oferecermos este livro como uma espécie de “Armando por ele mesmo”, o poeta avisa: “Não se fie muito em quem introduz o seu próprio conteúdo nesses tempos contaminados e perigosos.” Fica o convite para que o leitor se arrisque nessas páginas de registros e tempos múltiplos.
R$14,90Plágio. Remix. Apropriação. Qualquer que seja a palavra usada, o tema subjacente a este romance premiado com a Bolsa Petrobras de Produção Literária é roubo. Com todas as letras. Construído a partir de um corta e cola de palavras e frases subtraídas de outros livros, num processo de montagem explicitado pelo ousado projeto gráfico, Sujeito oculto cria um jogo de espelhos infinitamente recuado em que o autor nunca é quem parece ser.
Afinal, quem seria o autor deste romance senão mais um personagem, que apenas não sabe que está participando do jogo literário? Tecido a partir de citações, frases feitas e ideias de segunda mão, Sujeito oculto embaralha deliberadamente conceitos como autenticidade e originalidade, mesclando gêneros como ficção, biografia e crítica literária.
E levanta a questão: é possível ser, ao mesmo tempo, original e cópia? A resposta a essa e outras perguntas pode estar nas margens dos livros de uma aspirante a escritora que morre pouco tempo depois de ter feito um seguro de vida. Nos depoimentos de um homem que descobre por meio de frases soltas e sublinhadas a vida secreta da mulher que perdeu para sempre. Ou ainda na reação da jovem esposa que lê estes mesmos livros com outros olhos, dez anos depois. Ou nos rastros deixados por uma autora premiada que não se importa de ser vista como falsificadora, porque assim encobriria a verdadeira natureza de seu romance. Ou mesmo no posfácio de um crítico que tenta guiar o leitor em um labirinto de referências literárias e espelhamentos que encobrem um drama familiar de forte carga emocional.
A trama tem todos os elementos de um romance clássico: amor, ódio, traição, ambição, personagens marcantes, reviravoltas e até uma morte suspeita. Com o tempo, percebe-se que o enredo tradicional e a forma inovadora tratam de temas correlatos: filiação, herança e apropriação.
E roubo.
Seu campo de pesquisa privilegia a relação entre cultura e desenvolvimento, dedicando-se às áreas de poesia, relações de gênero e étnicas, culturas marginalizadas e cultural digital. Nos últimos cinco anos, vem trabalhando com foco na cultura produzida nas periferias das grandes cidades, o feminismo, bem como no impacto das novas tecnologias digitais e da internet na produção e no consumo culturais.
É autora e editora de muitos livros, entre eles: Macunaíma, da literatura ao cinema; 26 Poetas Hoje; Impressões de Viagem; Cultura e Participação nos anos 60; Pós-Modernismo e Política; O Feminismo como Crítica da Cultura; Guia Poético do Rio de Janeiro; Asdrúbal Trouxe o Trombone: memórias de uma trupe solitária de comediantes que abalou os anos 70; ENTER Antologia Digital; Escolhas, uma autobiografia intelectual e Explosão Feminista.