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Escritora, editora, pesquisadora e crítica cultural vai ocupar a cadeira de Nélida Piñon

 

Em 20 de abril, a escritora Heloisa Buarque de Hollanda foi eleita para a Academia Brasileira de Letras (ABL). Vai ocupar a cadeira 30, que foi de Nélida Piñon, morta no final do ano passado. A escritora, editora e crítica cultural passa a ser a décima mulher eleita para a ABL.

“Esse atual projeto de abertura da Academia me fascina. E isso não é nem o começo. Tem que ter mulher, negro, índio. Porque são excelentes também. Isso é o Brasil, a democracia. Eu estou muito feliz de chegar nesse momento na Academia, com esse projeto de renovação, aos 84 anos.”

Heloisa Buarque de Hollanda nasceu em Ribeirão Preto (SP), em 26 de julho de 1939. Formou-se em Letras Clássicas pela PUC-Rio, com mestrado e doutorado em Literatura Brasileira na UFRJ e pós-doutorado em Sociologia da Cultura na Universidade de Columbia, Nova York. É diretora do Programa Avançado de Cultura Contemporânea (PACC-Letras/UFRJ), onde coordena o Laboratório de Tecnologias Sociais, do projeto Universidade das Quebradas, e o Fórum M, espaço aberto para o debate sobre a questão da mulher na universidade.

Seu campo de pesquisa privilegia a relação entre cultura e desenvolvimento, dedicando-se às áreas de poesia, relações de gênero e étnicas, culturas marginalizadas e cultural digital. Nos últimos cinco anos, vem trabalhando com foco na cultura produzida nas periferias das grandes cidades, o feminismo, bem como no impacto das novas tecnologias digitais e da internet na produção e no consumo culturais.

É autora e editora de muitos livros, entre eles: Macunaíma, da literatura ao cinema; 26 Poetas Hoje; Impressões de Viagem; Cultura e Participação nos anos 60; Pós-Modernismo e Política; O Feminismo como Crítica da Cultura; Guia Poético do Rio de Janeiro; Asdrúbal Trouxe o Trombone: memórias de uma trupe solitária de comediantes que abalou os anos 70; ENTER Antologia Digital; Escolhas, uma autobiografia intelectual e Explosão Feminista.

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