O Plano Real, que revolucionou o cenário econômico do país ao garantir a estabilidade após um largo período de hiperinflação, completa 30 anos
O Brasil viveu 14 anos sem controle sobre a inflação e sua taxa chegou a 2.500% ao ano até a implementação do Plano Real. Diversos planos econômicos haviam sido aplicados em sucessivos governos, sem alcançar o controle definitivo da hiperinflação.
Em fevereiro de 1994, o então presidente, Itamar Franco, publicou uma medida provisória instituindo a chamada Unidade Real de Valor (URV) e assim foi dada a largada ao que ficou sendo conhecido como Plano Real.
O Plano Real era muito sofisticado. Ele incluiu uma série de medidas: o ajuste fiscal, a implementação da URV – uma moeda virtual atrelada à cotação do dólar – e, mais para frente, a criação de uma nova moeda oficial, o Real.
À época, a jornalista Maria Clara R. M. do Prado foi contratada pela equipe econômica que formulou e implementou o Plano Real para que trabalhasse a divulgação desse complexo plano e todos fossem assimilando as várias etapas.
Em A real história do Plano Real, Maria Clara conta, em uma narrativa de fôlego, minúcias do processo de criação do Real e das discussões entre os economistas que o conceberam. Traz a reprodução de alguns escritos de autoria dos formuladores sobre os aspectos mais sensíveis do plano que circularam em meio à equipe econômica, à medida em que evoluíam as discussões para a implementação do Plano Real. Revela, ainda, os desdobramentos e implicações na esfera financeira internacional, no âmbito da economia interna, no campo das pressões políticas e das iniciativas de comunicação que ajudaram a rápida aceitação da nova moeda pela população.
A autora conta ao G1 sobre seu livro e a importância desse plano econômico. Assista aqui.
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