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Dossiê 50

ISBN: 9788567080017

Um repórter em busca dos onze jogadores que entraram em campo para serem campeões do mundo em 1950, mas se tornaram personagens do maior drama da história do futebol brasileiro.

Maracanã. Rio de Janeiro, 16 de julho de 1950. Final da Copa do Mundo de Futebol. Brasil x Uruguai.

Era uma tarde quente de inverno no Rio de Janeiro, o Brasil só precisava empatar e se consagrar Campeão Mundial de Futebol pela primeira vez. Havia goleado, jogado bem, era favorito absoluto: seria campeão. Então, o que deu errado? O Brasil fez um a zero no segundo tempo, diante de um estádio ensandecido de alegria. O improvável, então, resolveu entrar em campo e o Uruguai fez o que ninguém imaginaria, virar o jogo e vencer a “imbatível” Seleção Brasileira no templo máximo do futebol: o Maracanã. O estádio ficou mudo.

Para tentar entender o contexto daquele 16 de julho de 1950, o jornalista Geneton Moraes Neto fez uma expedição atrás dos protagonistas dessa tragédia esportiva. “Pude ver que, por trás da derrota, escondiam-se dramas humanos: o estigma do naufrágio acompanharia os jogadores pelo resto da vida. Valia a pena ouvir a voz dos renegados”, conta Geneton. E foi por achar “os derrotados, os esquecidos e os dissidentes mais interessantes do que os vitoriosos”, que o autor pesquisou e entrevistou os 11 jogadores da seleção de 50. Em 1987, três décadas depois do fatídico jogo, Barbosa, Augusto, Danilo, Juvenal, Bauer, Bigode, Friaça, Zizinho, Ademir, Jair, Chico e o massagista Mário Américo voltaram ao palco daquela final a convite do jornalista Geneton Moraes Neto. Foi a primeira e última vez que isso aconteceu.

Fim de uma história? Ou o eterno retorno de fantasmas e medos de quem está prestes (em 2014) a sediar a próxima Copa, e que já tem definido o Maracanã como palco da final?

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