urbano

As velhas

R$52,90

Este livro da jornalista Adília Belotti, resultado do Proac 24/2022, reúne doze contos intitulados conforme as personagens que os protagonizam. Todas são mulheres velhas, vivendo em São Paulo. Algumas se conhecem, outras apenas se cruzam nas ruas da cidade, às vezes formam vínculos misteriosos, imersas em…

Asfalto

R$5,90

Seria apenas mais um dia de sol na orla carioca se o corpo de uma menina não fosse desenterrado na praia. A criança era neta de um homem muito poderoso. Sua morte pode estar ligada a outros crimes e a um passado que o Rio prefere esquecer.

Um assassino está à solta e não parece disposto a parar. Quem segue suas pistas é uma jornalista escolada nas nuances e contradições da Cidade Maravilhosa. Em seu caminho, vai cruzar com um misterioso surfista, um calejado profissional do Instituto Médico Legal, um sobrevivente da luta armada contra a ditadura, um líder do tráfico e outros personagens que podem ajudar a desvendar a trama. Ou tornar tudo ainda mais tortuoso e ameaçador.

Estado de despejo

R$14,90

Estado de despejo é o terceiro livro de poemas de Ricardo Rizzo. Lançado exclusivamente em formato digital pelo selo Geleia Real, que tem coordenação de Ronald Polito.

Para Eduardo Sterzi, que assina o posfácio, “não há (…) como ser poeta, hoje, sem se defrontar com o que Ruy Belo, ainda em diálogo com os resíduos teológicos de sua formação juvenil, designou, no título de um de seus livros, «o problema da habitação». Nesse mundo, apenas a transformação do objeto em mercadoria – «rito odiado» pelo qual o «velho coração de objeto / gasto de existir / desde a pedra lascada» é exposto «a uma plateia calada» – faz-se interpretar como conquista de «uma vida / maior […] e mais livre». Compreende-se que seja, por contraposição, precisamente a «mínima vida» que interesse ao poeta: «vida mínima» ou «vida menor», diria ainda Drummond; «um pouco de vida, uma semi-vida», dirá agora Ricardo Rizzo. Trata-se, aqui, de dar atenção àquela «parcela mínima de vida», comum a homens e vírus (biologicamente, o gene; filosoficamente, diríamos com Benjamin e Agamben, a «vida nua»), que, como bem viu Oswald de Andrade, concentra numa «duplicidade antagônica» – ao mesmo tempo «benéfica» e «maléfica» – «o seu caráter conflitual com o mundo». Em ninguém essa «mínima vida» é mais aparente do que nos miseráveis: naqueles que foram reduzidos a ela. No entanto, é precisamente esse «pouco de vida» – e não a participação em qualquer plenitude mais ou menos ilusória – que constitui a região ontológica comum a elefantes e filhas inventadas, sem-teto e brinquedos quebrados, Macabéa e o corpo despedaçado de Cristo, o «bicho» que procura comida no lixo do pátio e os «velhos espíritos» que são «formas de poeira» resistentes à história e sua destruição, «o baço / que não usaram no transplante» e «alguma víscera / inicialmente não prevista».

Montado no ponteiro grande do relógio

R$14,90

Livro de estreia de Ricardo Filho para o público adulto, lançado exclusivamente em formato digital, Montado no ponteiro grande do relógio recupera a tradição do flâneur: figura que vaga despreocupadamente pela cidade encontrando ao acaso diversas possibilidades de construção de significados. Diferentemente da celebração da metrópole proposta pelo flâneur típico da Belle Époque, Ricardo Filho sabe que a cidade contemporânea acabou por catalisar todas as angústias e crises ainda não evidentes durante aquele início festivo da modernidade urbana. Não haveria mais o que celebrar. Ou haveria?

Com escrita seca e econômica, e certa casmurrice, Ricardo Fillho escreve minicrônicas que a todo momento nos fazem questionar quem é esse narrador que adora Rolling Stones, se entristece com os rumos da cidade de São Paulo e que, apesar de encontrar pequenas alegrias no cotidiano de cidades interioranas, é um homem urbano por natureza. Misturando ódio e lirismo, e um tipo de humor cada vez mais raro porque altamente reflexivo, identificamos no narrador do livro um sujeito capaz de concentrar e expressar todas as dores e as delícias de se viver a experiência caótica, mas irresistível, da vida na cidade.

Se muito do que foi prometido pelos famosos andarilhos parisienses de 100 anos atrás nunca se cumpriu, é certo que Ricardo Filho nos leva a refletir sobre a possibilidade de ainda se celebrar a vida na cidade mesmo com tantas frustrações. Apenas em meio ao caos urbano é possível criar um mínimo de sentido para as nossas vidas neste início de século.

Poemas 1999-2014

R$19,90

Poemas 1999-2014 reúne os seis livros de poesia de Tarso de Melo (Santo André, 1976) e poemas esparsos mais recentes, marcando os 15 anos da edição do primeiro de seus livros, “A lapso”, de 1999, que foi seguido por “Carbono” (2002), “Planos de fuga e outros poemas” (2005), “Lugar algum” (2007), “Exames de rotina” (2008) e “Caderno inquieto” (2012), todos lançados originalmente em alguns dos mais prestigiados catálogos da poesia brasileira contemporânea. Nas palavras do poeta e crítico Guilherme Gontijo Flores, a obra de Tarso de Melo, “além de impressionar pelos poemas, o que mais chama atenção – a meu ver – é o percurso. Tanto o percurso interno dos livros, onde estão cada um dos poemas, quanto o percurso maior entre os livros (…). Esse percurso é marcado por uma crescente concretude (nada de concretismo) da linguagem e dos temas – Tarso faz parte de uma tradição de embate com o espaço urbano, de confrontamento direto com o presente, em que a poesia não serve de subterfúgio, escapatória, ou salvação. (…) É nesse mundo em conflito, permeado de dor e do desejo de poesia, que sua poesia caminha”.