poesia

Flores de plástico: Edição comemorativa de 40 anos

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Flores de Plástico é um volume de 52 poemas publicado em 1983 no modo precário da moribunda geração mimeógrafo. Para comemorar os quarenta anos de sua presença nos funerais da poesia marginal, aparece agora no formato dos tempos de 2023.

Peomas

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Já no título, este livro nos instiga. Peomas é o quarto livro de Leandro Jardim, autor também de Todas as vozes cantamOs poemas que não gostamos dos nossos poetas favoritos e Rubores. Novamente, o poeta, contista, letrista e compositor oferece ao leitor, a partir de um competente exercício de metalinguagem, a oportunidade de se pensar ludicamente a literatura. Sim, Leandro é daqueles autores que encaram a escrita como um ofício (ainda que lúdico e prazeroso) e em cuja obra podemos entrever um projeto, um pensamento sobre o próprio fazer literário. Em seus livros há sempre uma hipótese do que pode vir a ser a poesia, a literatura, a autoria. Em Todas as vozes, por exemplo, a sugestão de que basta estar na linguagem para ser poeta. Agora, em Peomas, a insinuação é a de que a poesia pode estar no simples rearranjar dos signos. E se não é nova a hipótese (já tão levada a cabo por movimentos de vanguarda como o surrealismo e a pop-art) de que o que resta ao artista hoje é combinar e recombinar aquilo que já foi dito afim de que outros sentidos sejam produzidos, é única (e agradabilíssima ao leitor) a maneira como Jardim a testa ao longo deste novo livro. (Eu tenho escrito peomas,/ debruçado-me em porsas/ e parcas cançeõs/ alheias; tenho buscado o torto, o novo,/o alterado/desses sentimentos/iguais; tenho encontrado no erro/ outro efeito:/um certo/prazer em conhecê-lo).

Em dias em que muitos potetas, (ops!, poetas) se protegem debaixo do enorme guarda-chuva de neomarginais, o leitor poderá encontrar, em meio a tanta oferta, este livro belo e maduro, fruto de um trabalho competente e de uma sensibilidade única e intransferível.