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Alguns humanos, livro de estreia de Gustavo Pacheco, vencedor do Prêmio da Biblioteca Nacional de 2018 e finalista dos prêmios Jabuti e Oceanos 2019, saiu antes em Portugal, pela editora Tinta da China.

O livro vem sendo elogiado por escritores como Sérgio Sant’Anna. Mas o caminho para atingir o reconhecimento passou pela publicação independente em revistas literárias e no formato e-book.

Sérgio Sant’Anna (centro) e Gustavo Pacheco (dir.) na FLIP moderados por Guilherme de Freitas.

Pacheco investiu seu talento e tempo em várias frentes: tradutor dos argentinos Roberto Arlt e Patricio Pron, diplomata de carreira, sempre se manteve próximo à literatura: responsável pelo estande nacional na Feira do Livro de Buenos Aires e mediador do programa Destinação Brasil, da Feira de Guadalajara. Na sua área de formação, a antropologia, realizou trabalhos de campo sobre cultos afro-brasileiros e cultura popular.

Assina uma coluna quinzenal no site da revista Época, onde resenha livros de forma independente do ritmo dos lançamentos do mercado editorial. Trata de Montaigne, Primo Levi e de uma obscura escritora do Japão medieval, entre outras pérolas das quais extrai pontos de contato com nossos tempos, sempre em linguagem límpida e elegante.

Já tinha mostrado meu livro a algumas editoras no Brasil, que demonstraram interesse, mas não fizeram nenhuma proposta concreta. Não sabia como o livro seria recebido e tinha expectativas bem baixas. Felizmente saíram várias críticas positivas

Após publicar contos em revistas literárias nacionais de pequena tiragem, e antes de lançar o premiado Alguns humanos, participou do selo Formas Breves da e-galáxia, que teve curadoria de Carlos Henrique Schroeder. Figurou ao lado de contistas consagrados como José Luiz Passos, Elvira Vigna e João Carrascoza, ganhando exposição inédita. O conto lançado em e-book, “História natural”, integra o seu primeiro livro, e pode ser baixado por R$1,99 agora mesmo aqui.

Pacheco dividiu uma mesa com Sérgio Sant’Anna na Flip – Festa Literária Internacional de Paraty em 2018 e é o atual editor da Granta em língua portuguesa, ao lado de Pedro Mexia.

Fica a lição: além de talento para escrever um livro e perseverança, uma carreira literária sólida é construída por caminhos inventivos e inesperados.

Veja aqui quem mais publicou pela e-galáxia.


imagens @Walter Craveiro/divulgação


 
 

 

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