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Sim, e veio para ficar. É importante notar que muitas vezes os dados a respeito da fatia de mercado ocupada pelos livros digitais levam em consideração apenas as editoras tradicionais, grandes e pequenas, e deixam de fora todo o universo da publicação independente. Se contabilizarmos esse universo que inclui o kdp da amazon e, ainda, plataformas como wattpad e as bibliotecas virtuais de leitura por streaming, fica mais do que provado que o e-book pegou.

O que não pega mais é o debate papel versus digital.

Se olharmos para as instâncias tradicionais de mediação da cultura literária, veremos que mais e mais elas se abrem ao digital.

Da experiência com a e-galáxia durante os últimos quatro anos, o que nós temos visto é a aceitação de e-books para resenhas nos cadernos dos principais jornais, a participação nos mais destacados eventos literários de autores lançando exclusivamente em e-book, prêmios literários de prestígio que passaram a aceitar o formato digital (o Prêmio Oceanos só aceita livros inscritos em formato digital), e a legislação brasileira que em termos fiscais equiparou o livro digital ao impresso.

A dinâmica da era digital oferece uma série de possibilidades para que autores se insiram no campo cultural e encontrem formas de divulgar o seu trabalho, além de uma distribuição bastante eficiente. Isso não descarta as formas mais tradicionais, mas apresenta outros caminhos e formas de publicar e ser lido.

Tiago Ferro
editor da e-galáxia

Imagem @MelinaSouza

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