Barthes diz que não foram os pintores que inventaram a fotografia, mas os químicos. Eu diria que, antes dos químicos e dos pintores e daquele velho ancestral que encheu as paredes de uma caverna de bisões avermelhados, animados pela luz e pela sombra, foram os poetas, esses seres de danação, essas crianças terríveis, que inventaram essa presença, para além da metáfora, da coisa, essa presença viva que certifica um movimento em sua própria ação de existir, que mais que o congela, atesta-o, que mais que o atesta, nomeia-o como real.
Todas as mulheres em mim
R$9,90“Todas as mulheres em mim”, de Celia Musilli, foi publicado originalmente, em 2010, pela Atrito Arte e Editora Kan, dentro do projeto Tríade. Nele, a autora assume múltiplas vozes abordando temas como o desejo, o amor, a ousadia de viver e se aventurar, com pausas de reflexão sobre a solidão e a morte.
Todas as mulheres em mimm” é um recorte humano a partir do feminino em que a escrita assume um papel confidencial de um diálogo interno que transborda para os leitores. O livro traça um roteiro de impressões dividido em três partes: Paisagens Interiores; Paisagens Exteriores e Outras Paisagens. Intimista, dá voz à Ana, Joana, Alice e outras personagens fictícias que funcionam como alter ego da autora.
O leitor desavisado é cooptado pela voz de suas personagens fictícias e levado para um passeio surrealista, num reino algo mágico, algo fantástico, para ser desbravado ali, dentro do seu livro.
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